sábado, 21 de abril de 2012


Nos finais do séc.XVII, as "modinhas" brasileiras estavam em voga em Lisboa e é Caldas Barbosa, “poeta e cantador de modinhas” que introduz nos salões de Lisboa um novo tipo de cantigas de “suspiros e “ais”. Só em 1840 é que o fado aparece como música popular, com um rimo particular, tocado na guitarra e quem tem por letra, poemas chamados “Fados”. Numa primeira fase, entre 1840 e 1869, o fado era popular e espontâneo e associado a tabernas, vielas, prostituição e vadiagem. Este transmitia um sentimento de tristeza, medo e amargura. Já em 1869 e 1930, entra numa fase de aristocracia e literária. As origens humildes do fado conquistam a nobreza e a burguesia. Estes deslocavam-se aos bairros pobres e degradados de Lisboa, onde se misturavam com o povo nas tabernas para o conseguir levar aos salões dos palácios. Entre 1930 e 1974, o fado entra num período glorioso e começa a ser representado no teatro da revista. Entre os anos 30 e 50, o fado viveu o seu período glorioso, que coincidiu com o aparecimento da rádio, proporcionado a divulgação do mesmo de forma ampla e eficaz. Entre os anos 1975 e 1900, o fado entrou numa fase de crise, devido o desinteresse do público e ao fato de ser associado ao período do regime salazarista. Depois do 1900, são rompidos os preconceitos que existiam em relação ao fado, através da alteração estética, musical, poética e da própria postura no palco. A própria globalização e massificação do mercado, permitiu que as tradições identitárias fossem potencialmente valorizadas.
Fado é, por excelência, a canção de Portugal. Produto de um sentimento próprio, de uma alma que não se explica mas que se sente, o Fado é, ainda hoje, um produto nobre e genuíno da cultura popular portuguesa.
O Grupo Folclórico os Fogueteiros de Arada, no passado dia 30 de Março, organizou mais uma Grande Noite de Fados. Esta decorreu na cave do Centro Cívico de Arada a partir das 19h30. Este evento foi acompanhado com jantar, rojões com migas e batata a murro e para sobremesa gelado com morangos. No fim da noite ainda foi servido o tradicional caldo verde e o chouriço assado. A sala ficou esgotada com cerca de 130 pessoas. Pelo palco com o cenário das casas à moda antiga de Lisboa, passaram a Marlene Alves, Mariana Oliveira, Hilário e a Vanessa
O grupo agradece a todos que participaram nesta atividade e que contribuíram para o seu grande sucesso. É importante para a organização sentir este carinho e apresso do povo arandense pelo Fado, património imaterial da humanidade, e pelas atividades desta coletividade. A direção, aproveita ainda para agradecer a todos que ajudaram na organização do evento.






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